sexta-feira, dezembro 22, 2006

Electric Wizard - Dopethrone [2000/2006]



Electric Wizard - Dopethrone [2000/2006] - Bitrate: VBR
Baixe as faixas do disco clicando aqui: Parte I, Parte II

Formado em Dorset, Inglaterra, o Electric Wizard vem desde a década passada se firmando como uma das maiores forças do cenário Stoner/Sludge/Doom Metal. E conseguiram isso graças a discos como Supercoven, Come My Fanatics, e especialmente Dopethrone, que é considerado por muitos, e com grande justiça, a obra máxima da banda.

Dopethrone apresenta todos os elementos que um bom disco de Stoner/Doom deve ter: guitarras graves, riffs sabbathianos, vocais distorcidos e muito, muito peso. Também influenciados pela música psicodélica e espacial, o EW logra antingir uma sonoridade que, enquanto não muito original, é capaz de agradar à grande maioria de apreciadores do metal lento, grave e saturado.

Merecem destaque as faixas
I, The Witchfinder, com excelente sessão instrumental em sua segunda metade; Dopethrone, que apresenta um dos melhores riffs da banda; e Mind Transferral, a mais pesada de todas, uma monstruosidade que fecha o disco de forma verdadeiramente ensurdecedora. Lançado originalmente em 2000, o álbum passou por uma remasterização, assim como todos os outros discos da banda, sendo então relançado em 2006. Essa é a versão que estou disponibilizando.

Músicos:
Jus Oborn - vocais, guitarra
Tim Bagshaw - baixo
Mark Greening - bateria

Faixas:
1. Vinum Sabbathi
2. Funeralopolis
3. Weird Tales (i - Electric Frost, ii - Golgotha, iii - Altar Of Melektaus)
4. Barbarian
5. I, The Witchfinder
6. The Hills Have Eyes
7. We Hate You
8. Dopethrone
9. Mind Transferral (Bonus Track)

terça-feira, dezembro 19, 2006

Discus - Tot Licht [2003]

Discus - ...Tot Licht! [2003] - Bitrate: 192 kbps
Baixe as faixas do disco clicando aqui.

O que se pode esperar de um disco de Rock Progressivo vindo de um lugar tão improvável como a Indonésia?

A sensação de estranheza é pungente e inevitável. A grande surpresa vem quando me deparo com uma obra-prima tão espetacular e inacreditável, que é este Tot Licht.

Em primeiro lugar, gostaria de salientar que rotulações restritivas como Rock in Opposition, ou Rock Progressivo, são somente devido ao fato de que não foi possível encontrar outra mais cabível, pois o que se ouve neste trabalho é muito além de uma concepção convencional ou previsível.

Basicamente, encontramos aqui uma banda complexa, de sonoridade fragmentada e com variados recursos de música oriental e ocidental. É possível de se perceber em uma mesma música, como na fascinante música de abertura System Manipulation, passagens de música tradicional da Indonésia (provavelmente), Free-Jazz, R.I.O ao estilo Henry Cow, Funk, Death Metal e até Progressivo Sinfônico.

A sonoridade instrumental da banda merece os mais efusivos elogios, visto que conseguiram reunir todos estes elementos, vários vocalistas e diversos tipos de instrumentos, sem que com isso, criassem uma música demasiadamente antipopular.

Claro, faz-se necessário mencionar os fabulosos vocalistas da banda, como a maravilhosa Nonni que surpreende por sua forte interpretação dos temas e talento muito acima da média, arriscando com fraseados dramáticos, também com trechos no bom estilo Dagmar Krause.

Não obstante, todos os outros integrantes também fazem vez de cantores, com passagens cantadas melodicamente em ritmo oriental, outras no bom estilo Peter Hammil, ou funkeado (às vezes lembrando um Mike Patton em sua época de Faith no More) e outras com a agressividade de um Death Metal, tudo isto embalado por uma sonoridade com muitas camadas, dando a impressão de que está acontecendo muita coisa ao mesmo tempo da maneira mais harmônica e coesa possível, como somente músicos e compositores de grande experiência e conhecimento de causa são capazes de fazer.

Os destaques principais deste segundo disco da banda (o primeiro disco, auto-intitulado, é de 1999, e possuía uma sonoridade muito mais amena e menos densa) ficam para a seminal, e já citada, faixa de abertura System Manipulation com seus competentes vocais e sonoridade complexa e criativa. Cito também a curiosa “balada” P.E.S.A.N (mensagem, em português), com seus timbres e levada Led Zeppelin, onde o destaque está na linda condução com violões e demais instrumentos orientais e nos vocais com toques jazzísticos.

A culminância do disco, entretanto, é uma estranha música de pouco mais de 19 minutos chamada Anne. O que acontece nesta fantástica música é qualquer coisa de inexplicável, causando uma sensação duradoura e agradável, mesmo que se trate de uma música razoavelmente sombria e densa, aproximando-se muito do que foi feito por bandas como Van Der Graaf Generator e Änglagård (obviamente, com o uso de sonoridades orientais e muita variação de estilos), mas com uma abordagem muito mais avançada e radical, própria de bandas Rock in Opposition.

Eis um disco, portanto, realmente imprescindível, não só para quem tem interesse na cena R.I.O, mas também para quem admira o Rock Progressivo como um todo, em toda a sua potencialidade criativa.

Faixas
1. System Manipulation (9:20)
2. "Breathe" (8:34)
3. P.E.S.A.N. (5:32)
4. Verso Kartini - door duisternis tot licht! (12:18)
5. Music 4.5 Players (7:40)
6. Anne (19:23)

Bonus track da edição japonesa:
7. Misfortune Lunatic (6:09)

Tempo Total: 68:56

Formação
- Anto Praboe
- Vocais, suling (Bali, Sunda & Toraja), flauta, clarinete, baixo clarinete, sax tenor

- Eko Partitur - Vocais, violino
- Fadhil Indra - Vocais, teclados, percussão eletrônica, gongos, rindik, kempli, gender
- Hayunaji - Vocais, bateria, kempli
- Iwan Hasan - Vocais, guitarras elétricas e clássicas, harpguitar de 21 cordas, teclaods, guitalele & strummer violin
- Kiki Caloh - Vocals, baixo
- Krisna Prameswara - Vocais, teclados
- Nonnie - Vocais

Músicos Adicionais
- Andy Julias - Guitarra acústica em "P.E.S.A.N."
- Ombat Nasution do Tengkorak Growls em "Breathe"
- Godfried L. Tobing - Coro clássico em "Misfortune Lunatic"


Juliano Ferreira de Mattos
17 de dezembro de 2006.
www.soundchaser.com.br

Baixem e comentem.

segunda-feira, setembro 11, 2006

Ahvak - Ahvak [2004]

Ahvak - Ahvak [2004] - Bitrate: 192 kbps
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Ótima estruturação musical, flertes muito bem encaixados com música de procedência oriental, uma forte variação de sensações e ritmos, doses cavalares de peso nas guitarras e na cozinha, dão cunho a esta obra irrepreensível da banda de Israel, Ahvak, que, mesmo sendo de origem pouco convencional e com pouca tradição dentro do gênero em questão, já em seu primeiro lançamento mostra a que veio.

A audição do presente primeiro disco do Ahvak, auto-intitulado, não nos traz à cabeça qualquer suposição de que se trata de uma banda iniciante, ao contrário, é experiência e conhecimento de causa que flui dos alto falantes, talvez pelo fato de ter um membro outrora experimentado em bandas já conceituadas. O membro em questão, baterista, compositor e produtor, é Dave Kerman, um veterano em bandas de Rock Progressivo, que já passou por bandas como 5uu's, Motor Totemist Guild e Thinking Plague, desta vez, junta-se a Yehuda Kotton (guitarrista), Ishay Sommer (baixista), Udi Susser (teclados, vocais, darbouka, baglama, woodwind), Roy Yarkoni (piano e teclado) e Udi Koomran (Computação) para a realização de um dos melhores lançamentos (talvez o melhor) de 2004.

Assim como grande parte das bandas de avant-prog surgidas no século XXI, o Ahvak dá preferência ao peso, ao "caos sonoro" e à desconstrução rítmica (de bandas como Présent, Thinking Plague, Guapo etc.) em detrimento de soluções excessivamente melódicas e/ou cafonas (assim como Gato Marte, Opus Avantra etc.).

É evidente que, como a maioria das bandas R.I.O, podemos encontrar aqui grandes influências da música erudita de vanguarda (Schoenberg, Bartok etc.), em contraste com óbvias silhuetas de Free Jazz. O grande diferencial da banda, porém, é a fluência com que equilibra toda esta carga musical complexa sobre um alicerce declaradamente de música tradicional israelita.

É realmente impressionante o bom gosto das composições, que, é necessário afirmar, é embalado por uma irrepreensível produção (a cargo do baterista Dave Kerman e Udi Koomran, que também mixou e masterizou o disco), que combina certa dose de sujeira com clareza musical, sem que, com isso, descaracterize ou oculte todo o grande talento e capacidade desta grande formação.

Não cabe citar destaques dentro de um disco que é integralmente relevante, inteligente e surpreendente de variadas maneiras, porém, não resisto em dizer do brilhantismo de faixas como a atemorizante Ahvak (também encontrada como Dust, talvez uma das grandes músicas do Rock in Opposition de todos os tempos), que se inicia fazendo o chão tremer sobre uma repetitiva batida estacada, que vai se desenvolvendo junto a uma melodia ao mesmo tempo macabra e mística. O que vem a seguir é o próprio desespero de sentir o próprio fôlego se exaurindo na tentativa de encontrar alguma coerência no que os sentidos se esforçam para captar: uma seqüência infinita de progressões instrumentais complexas e ruídos dos mais variados, culminando em uma Obra Prima. Vale também destacar a excelente faixa de abertura, Vivisektia (Vivisection), que iniciando com percussão e flautas típicas de música oriental, já dá a tônica para a grande experiência musical que está para vir.

Faixas
1. Vivisektia (8:30)
2. Bherta (8:25)
3. Regaim (2:41)
4. Ahvak (16:21)
5. Melet (2:53)
6. Hamef Ahakim (13:32)
7. Pirzool (0:58)

Tempo Total: 53:20

Formação
- Yehuda Kollon - Guitarras
- Ishay Sommer - Baixo
- Udi Susser - Teclado, woodwinds, vocais, baglama, darbooka
- Roy Yarkoni - Teclado e Piano
- Dave Kerman - Bateria e Percussão
- Udi Koomran - Computador

Esta resenha também está presente no site www.soundchaser.com.br

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sexta-feira, agosto 04, 2006

Fukkeduk - Ornithozozy [1994]

Fukkeduk - Ornithozozy [1994] - Bitrate: 192 kbps
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Fukkeduk é outra grande banda belga da escola R.I.O./chamber-rock, certamente uma das mais notáveis, que tem à frente o violinista Rik Verstrepen, que em muito supera a sonoridade de sua banda original, o Cro-Magnon.

Junto com X-Legged Sally e Simpletones, outras muito prolíficas bandas, dão forma a uma muito criativa família de bandas similares em Gent, Bélgica.

Foi em 1994 que gravaram seu primeiro e único album, Ornithozozy, um grande disco que, curiosamente, teve como produtor Nick Didkovsky, guitarrista e um dos principais compositores da Doctor Nerve, de Nova Iorque.

O entrosamento entre a banda e o produtor, surtiu resultados mais do que satisfatórias, pois sua música é selvagem, levada às últimas conseqüências, primando por uma execução irrepreensível, quiçá um híbrido entre o próprio Doctor Nerve e o também belga X-Legged Sally.

O que realmente distingue a banda de suas conterrâneas é a maneira enérgica, intensa e com uma irreverência a la Zappa, com que executa suas curtas obras musicais, não fazendo uso, em momento algum, de sutilezas ou melodramas.

Nessa obra, o que às vezes pode parecer extravagente e louco, é conduzido com grandes doses de lúcido virtuosismo, com canções carregadas de influêncas folk, com alguns misteriosos elementos de jazz, gravado como se parcialmente improvisado, como uma grande orquestra avant prog. Mesmo quando mergulhada em um complexo virtuosismo de música de câmara, é possível de se sentir nitidamente toda a fúria de uma banda de jazz-rock movida a violoncelos furiosos, violinos afiados, guitarras pesadas e sopros em geral, sem nunca perder um direcionamento e estilo avant bastante característico mesmo para uma banda que lançou um disco só.

E é justamente neste ponto que se encontra o seu único defeito como banda: O fato de não nos ter brindado com outra pérola como esta.


Faixas:

1. Louis Cxiv
2. Wrong Country
3. Cochonet
4. Orteké!
5. Lulu de I'odeur Di Bibi
6. L' Homme Qui Rêvait de Mettre le Lune Dans as Poche
7. Si Vous Êtes Alfred Schlicks, Then I Have to Be Julius Meinl
8. Brauchen Sie Noch Ein Bisschen Sand?
9. Chico
10. Fnuk
11. Suck
12. Treponema

Músicos:

- Jan Kuijken Cello, Electric Cello
- Rik Verstrepen Violin, Whistle (Human), Whistle (Instrument)
- Kristof Roseeuw Bass (Electric), Saw, Singing Saw, Double Bass, Bass (Upright), Block
Flute
- Paul Klinck Violin - Bart Maris Flugelhorn, Trumpet
- Tom De Wulf Drums, Percussion
- Fukkeduk Applause, Handclapping, Main Performer, Vocals
- Nick Didkovsky Guitar, Producer
- Nicolas Roseeuw Block Flute, Saxophone, Voices
- Frank Ghysels Amplifiers, Guitar

Deliciem-se e comentem.

sábado, julho 15, 2006

Henry Cow - Western Culture [1978]

Henry Cow - Western Culture [1978] - Bitrate: 256 kbps
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A origem remonta a maio de 1968, quando, munidos de uma visão musical desafiadora e diversificada, dois estudantes universitários (Fred Frith e Tim Hodgkinson) resolvem montar uma banda onde pudessem expressar todas as suas pretenções musicais diferenciadas e que não se fizesse necessário qualquer tipo de apoio da indústria musical ou da mídia especializada.

O marco inicial dos movimentos de vanguarda dentro do Rock Progressivo surgiu quando, em 1973, a banda, já com o baterista Chris Cutler (que mais tarde daria origem ao termo Rock In Opposition), o baixista John Greaves e o Multi-instrumentista Lindsay Cooper, lança seu primeiro e excelente disco Legend.

Cinco anos e 3 brilhantes discos após, a banda, que, no mesmo ano participa e lidera o início do movimento Rock In Opposition, chega ao seu ápice criativo com Western Culture, onde todas as caracteríscas já expostas em seus 4 discos anteriores são mescladas e desenvolvidas de forma obsessiva, culminando na alquimia perfeita de improvisações complexas e intrincadas, influências diversas de toda a espécie, síntese entre simetria e assimetria, atonalismo e quebras de ritmos e andamento, solos doentios e feitos sob rebuscada erudição.

Trata-se, portanto, de uma das bandas (e disco) mais artisticamente importantes da música contemporânea ocidental.

Músicos:
Tim Hodgkinson - Orgãos, alto sax, clarinete, guitarra havaiana, piano.

Lindsay Cooper - bassoon, oboe, soprano sax, sopranino recorders.
Fred Frith -Guitarra electrica e acoustica , baixo, soprano sax.
Chris Cutler - bateria, piano e trumpete.
Anne-Marie Roelofs - trombone, violino. Irene Schweizer - piano.
Georgie Born - baixo.

Faixas:

1-History & ProspectsIndustry 6:51
The Decay Of Cities 6:49
On The Raft 3:58
2-Day By DayFalling Away7:30

Gretel's Tale 3:52
Look Back 1:13
Half The Sky 6:37

Deixem comentários, esse disco merece...

sábado, julho 01, 2006

Para quem não acreditava no ressurgimento do Blog!

Can you imagine someone being true
Turn `round and put himself in front of you
Sometimes it's fun but then you never know
How far a thing like this might go

All my life I've waited for a chance
To get right out of here
And when I had it in my hands
I could not let it go

We've got the power, we are divine
We have the guts to follow the sign
Extracting tension from sources unknown
We are the ones to cover the throne

Try if you can to come where we have gone
You may achieve what can't be simply done
Look back and there you are where we have been
And still there's so much inbetween

All those years I've travelled `round this world
Now I am standing here
To make you sing these tunes
And know they'll never let you go

We've got the power, we are divine
We have the guts to follow the sign
Extracting tension from sources unknown
We are the ones to cover the throne

We've got the power, we are divine
We have the guts to follow the sign
Extracting tension from sources unknown
We are the ones to cover the throne

We've got the power, we are divine

Power - Helloween

... e também que não há dois blogs com Nunes participando. Hehehehe...

domingo, junho 18, 2006

Present - A Great Inhumane Adventure [2005]

Present - A Great Inhumane Adventure [2005] - Bitrate: VBR
Baixe as faixas do disco clicando aqui:
Parte I, Parte II.


Este disco, gravado ao vivo, registra uma explosiva apresentação de um dos maiores expoentes da vertente R.I.O, o Present. Aqui, a banda do guitarrista Roger Trigaux continua a apresentar sua música intrincada, sombria e extremamente bem executada. Podemos notar alguns novos arranjos; como em Alone, que com acréscimo de baixo, piano e bateria, ganhou clima agressivo; e também em Laundry Blues, em versão ainda mais devastadora que a contida no álbum Live. Também é interessante ressaltar a excelente qualidade sonora da gravação, o que certamente proporcionará uma audição das mais empolgantes.

Para os amantes da banda, esse disco será de grande agrado. Para os que ainda não conhecem o trabalho do Present, A Great Inhumane Adventure pode ser um ótimo ponto de partida.

Faixas:
1 - Delusions
2 - Alone
3 - Le Poison Qui Rend Fou
4 - Laundry Blues
5 - Promenade Au Fond d’Un Canal

Músicos:
Roger Trigaux: composição, guitarra, vocal, teclados
Reginald Trigaux: guitarra, vocal
Pierre Chevalier: piano, teclados
Dave Kerman: bateria, percussão
Jean-Pierre Mendes: baixo
Keith Macksoud: solo de baixo em Promenade au Fond d’un Canal

quarta-feira, junho 14, 2006

Absolute Zero - Crashing Icons [2000]

Absolute Zero - Crashing Icons [2000]
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Brilhante banda americana que executa uma excelente mistura de R.I.O ao estilo Henry Cow com instrumentalizações marcantes vindas do Free Jazz.
O disco em questão, de 2000, é o primeiro disco propriamente dito da banda, que anteriormente somente tinha lançado em 1992 o também excelente EP A Live In The Basement, mas que não alcança o grande apuro técnico e relevância artística do presente Crashing Icons, que é, sem dúvida nenhuma um fenômeno Avantgarde da nossa era.
Absolutamente Soberbo!

Faixas:
1. Bared Cross (13:47)
2. Further On (20:43)
3. Stutter Rock/You Said (11:49)
4. Suenos Sobre Un Espejo (16:46)

Músicos:
- Aislinn Quinn keyboards, vocals, percussion (4)
- Enrique Jardines bass, percussion (4)
- Pip Pyle drums, percussion

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segunda-feira, maio 29, 2006

The Flying Luttenbachers - Infection and Decline [2002]

The Flying Luttenbachers - Infection and Decline [2002] - Bitrate: 192 kbps
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Após várias mudanças de formação, o line-up dos Flying Luttenbachers nesse álbum é o seguinte: Weasel Walter - único remanescente da formação original da banda - (bateria), Alex Perkolup (baixo) e Jonathan Hischke (baixo). Descrever o som dos Luttenbachers neste que é considerado por alguns como um dos seus melhores trabalhos não é tarefa das mais fáceis. Poderíamos afirmar que se trata de zeuhl/noise; porém, o próprio Weasel Walter prefere o termo brutal prog para classificar a sonoridade atual de sua banda. Rótulos à parte, certamente o conteúdo do disco não é apropriado aos que anseiam por harmonias singelas e melodias felizes e reconfortantes. Faixas como Infektion, Into The Vastness of Stupidity e a devastadora cover de De Futura (lendária música dos criadores do Zeuhl, o Magma) irão agradar somente aos 'malucos de plantão', os maníacos auto-destrutivos que não temem a deterioração de suas faculdades auditivas. De qualquer forma, parece bem claro que os freqüentadores deste blog fazem parte do segundo grupo. :-)

Não se esqueçam de deixar comentários.


Faixas:
1. Infektion
2. Elfmeros
3. Into The Vastness of Stupidity
4. The Elimination of Incompetence
5. Destruktion Ritual
6. De Futura

Músicos:
Weasel Walter: drums, etcetera
Alex Perkolup: earth bass
Jonathan Hischke: air bass

quarta-feira, maio 24, 2006

Art Zoyd - Génération sans Futur [1980]

Art Zoyd - Génération sans Futur [1980] - Bitrate: 192 kbps
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Este é o terceiro e mais interessante lançamento desta lendária banda francesa de Chamber avant rock e é realmente difícil descrever uma obra como essa.
Mais do que uma evolução natural do disco anterior, este Génération sans Futur leva o gênero a patamares ainda mais elevados.
Trata-se de uma instigante mescla de influências variadas, como o Erudito moderno de Bartok, Stravinsky, do chamber rock à la Univers Zero e introversões jazzísticas culminando em uma aterrorizante trilha sonora das trevas.
Em suma, um clássico cult!

FAIXAS
1. La Ville (16:50)
2. Speedy Gonzalez (2:55)
3. Génération Sans Futur (9:40)
4. Divertissement (6:45)
5. Trois Miniatures (5:12)

MÚSICOS
Patricia Dallio Grand Piano, Piano elétrico
Daniel Denis Percussão
Alain Eckert Guitarra e vozes
Gérard Hourbette Viola e violino
Gilles Renard Saxofone
Jean-Pierre Soarez Trompete e Percussão
Thierry Zaboitzeff Baixo, Celo e vozes

Comentários serão muito bem vindos!

segunda-feira, maio 15, 2006

Shub-Niggurath - C'Etaient de Tres Grands Vents [1991]

Shub-Niggurath - C'Etaient de Tres Grands Vents [1991] - Bitrate: 256kbps
Baixe as faixas do disco clicando aqui.

Como prometido anteriormente, disponibilizo aqui o segundo disco desta grande banda francesa.
Seguindo como uma evolução natural de Les Morts Vont Vite (também presente neste Blog), o presente C'etaient de Très Grands Vents, a exemplo do já citado primeiro disco da banda, é música macabra e sombria, carregada de dissonâncias e soluções inusitadas, culminando em uma espécie de sinfonia infernal regada a sonoridades R.I.O/Zeuhl.
Pode-se dizer que aqueles que gostaram do primeiro disco poderão gostar ainda mais do extremismo cadavérico desse, que além de possuir todas as características já mostradas anteriormente, consegue alcançar um nível de esquartejamento estrutural e estético tão intenso, que somente pode ser superado por seu sucessor, Testament.
Ou seja, não é música para qualquer gosto, muito pelo contrário. Não obstante, não creio que pessoas de gosto delicado e suave freqüentem este Blog mesmo...

Faixas:
1. Glaciations (7:34)
2. Ocean (6:18)
3. Promethee (5:38)
4. D'un Seul Et Meme Souffle (6:31)
5. La Nef Des Fous (3:17)
6. Contrincante (5:11)
7. C'etaient De Tres Grands Vents (10:51)

MÚSICOS:
Alain Ballaud bass
Sylvette Claudet vocals
Jean-Luc Herve guitar, harmonium and piano
Michel Kervinio drums (2 & 3)
Edward Perraud drums (1, 3, 4, 5 & 7)
Véronique Verdier trombone

Não se esqueçam de deixar comentários...

quarta-feira, maio 10, 2006

Almaailman Vasarat - Vasaraasia [2000]

Almaailman Vasarat - Vasaraasia [2000]
Baixe as faixas do disco aqui: Parte I, Parte II


Demencial formação avant garde finlandesa, cuja tradução do nome seria algo como "Martelo do Submundo", que através de instrumentos pouco ortodoxos como cellos em distorções cataclísmicas e metais como sax e trombone fantasmagóricos e alucinógenos aliados à petardos percussivos de vigor primitivo, orgão e piano, tramam uma fusão avassaladora e incandescente entre música tradicional européia e uma espécie de death core em velocidade terminal e acachapante, passeando entre esse dois extremos por atmosferas lôbregas que lançam a mente a abismos de psicodelia inclemente e ainda urdindo algo como musica circense no meio de todo esse estapafúrdio e viciante caldeirão sônico. Resumindo: Demais!

Musicos:

Jarno Sarkula - sax soprano, shehnai.
Erno Haukkala - trombone, didgeridoo.
Marko Manninen - cello.
Miikka Huttunen - órgão de bomba, grand piano.
Teemu Hanninen - bateria, percussão.

Faixas:

01. Mamelukki & Musta Leski
02. Perikunta
03. Lakeus
04. Unikkotango
05. Asuntovelka
06. Kebab Tai Henki!
07. Jano
08. Tankkaustunti
09. Merikäärme
10. Häntä Hellii Käärme
11. Hakumies
12. Delhin Yöt
13. Siltojen Alla

segunda-feira, maio 08, 2006

Univers Zero - Heresie [1979]

Univers Zero - Heresie [1979] - Bitrate: 256 Kbps
Baixe as faixas do disco clicando aqui.

Clássico maior e absoluto da música progressiva de vanguarda, mais notadamente do chamado Chamber Rock ou Progressivo Neo Clássico.
O Univers Zero é uma das formações que estiveram presentes no lendário festival Rock in Opposition, acontecido em 1978 em Londres, evento este, dedicado à divulgação de bandas que fossem comprometidas com fórmulas inovadoras, criativas e completamente destituídas de interesse comercial.
A música contida em Heresie é das mais densas, sombrias, macabras e complexas de que se tem notícia, mesclados com elementos temáticos de escritores como Edgar Alan Poe e H. P. Lovecraft, resultando em uma experiência realmente assustadora e terrível.

MÚSICOS:
Michel Berckmans fagote, oboe
Daniel Denis Bateria, percussão
Patrick Hanappier viola, violino
Roger Trigaux guitarra, piano, orgão, harmônio
Guy Segers baixo, vocais

Faixas:
1. La Faulx 25:18
2. Jack the Ripper 13:29
3. Vous le Saurez en Temps Voulu 12:56

Baixem, e deixem os seus comentários, de preferência assinando os nomes ou nicks.

quinta-feira, maio 04, 2006

Ahleuchatistas - What You Will [2006]

Ahleuchatistas - What You Will [2006] - Bitrate: 256 Kbps
Baixe as faixas do disco clicando aqui.

Faixas em vídeo (em excelente qualidade, também contidas no CD original):
- Kbit, Thought like a Hammer
- Shell in Ogoniland
- Falling Bards

What You Will é o terceiro e mais complexo trabalho desta extravagante banda de Asheville, North Carolina que, não por acaso, carrega traços da música experimental que se fazia nos idos anos 70, com óbvias referências de Beefheart, Soft Machine e até detalhes refinados à la King Crimson, culminando em uma música assombrosamente eficiente e poderosa.
Porém, um detalhe chama a atenção logo de cara. Trata-se de uma orquestra caótica de math-rock, avant-punk e avant-progressive mas em um formato mais que básico: é um trio de Baixo, Bateria e Guitarra.
Esta presente versão do disco (Enhanced CD) possui quatro vídeos, divididos em 3 arquivos, da banda tocando ao vivo em um estúdio. São estes vídeos que também estou disponibilizando nos links abaixo.

MÚSICOS:
Sean Dail Bateria
Shane Perlowin Guitarra
Derek Poteat Baixo

Faixas:
1) Remember Rumsfeld at Abu Ghraib
2) Shell in Ogoniland
3) Maybe Orange
4) Unfolding
5) Sherman’s March
6) Sometimes There’s a Buggy
7) If, Whenever
8) Ho Chi Minh Is Gonna Win!
9) Before the Law
10) I Used To Be Just Like You, But Now I Am Just Like Me
11) Now, Now Is Then
12) Last Spark From God
13) What Are You Gonna Do?
14) You Know My Family

Não esqueçam de deixar comentários!

terça-feira, maio 02, 2006

Akineton Retard - Akranania [2002]


Akineton Retard - Akranania [2002] - Bitrate: 256 Kbps
Baixe as faixas do disco, clicando aqui.

Free Rock Jazz, com toques fortes de R. I. O em um dos discos mais admiráveis gravados na América do Sul (a banda é do Chile) e no mundo.
Clássico absoluto da musica experimental mundial.

MÚSICOS:
Bolshek Tradib (Cristián Bidart) Bateria
Estratos Akrias (Leonardo Arias) Sax alto e soprano
Lectra Celdrej (Rolando Jeldre) Baixo elétrico e contrabaixo
Petras das Petren (Rodrigo de Petris) Sax tenor
Lyucq Zelasnog (Cristián González) Percussão
Tanderal Anfurness (Vicente García-Huidobro) Guitarra

Faixas:
1. Morricoleman - 3:27
2. Recurrencias - 8:36
3. Fana Papal y el Monseñor Smegma Nazzi - 0:41
4. Survector - 9:05
5. Nimboestrato - 3:13
6. Soula - 10:15
7. DementiaAbsorbant - 12:06

Aí está...

Deixem comentários.

sábado, abril 29, 2006

Acid Mothers Temple & The Melting Paraiso U.F.O. - Univers Zen Ou De Zero A Zero [2002]


Acid Mothers Temple & The Melting Paraiso U.F.O. - Univers Zen Ou De Zero A Zero [2002]
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Insanidade Psych/Garage/Krautrock/Noise Rock Japonês transfigurada em manifestação místico/religiosa.
Seguramente uma das melhores encarnações da banda de Makoto Kawabata.

MÚSICOS:
Makoto Kawabata guitarras elétricas
Casino Cotton vocais, sintetizadores, efeitos sonoros
Hiroshi Higashi sintetizadores, efeitos sonoros
Atsushi Tsuyama baixo elétrico
Hajime Koizumi bateria

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sexta-feira, abril 28, 2006

Shub Niggurath - Les Morts Vont Vite [1989]

Shub Niggurath - Les Morts Vont Vite [1989]
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Magistral obra-prima dessa grande banda francesa de Dark Zeuhl/R.I.O. Descrever é tarefa das mais árduas, tamanho a monstruosidade, caos e brilhantismo desta obra!
Já fica aqui prometido os outros títulos do Shub Nuggurath para breve, incluindo o Live.


MÚSICOS
Alain Ballaud Baixo
Franck Coulaud Bateria
Franck W. Fromy Guitarra
Jean-Luc Herve Piano, orgão e harmonium
Ann Stewart Voz
Véronique Verdier Trombone
Michel Kervinio Bateria e percussão

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quinta-feira, abril 27, 2006

Faust - The Faust Tapes [1973]

Faust - The Faust Tapes [1973]
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The Faust Tapes é uma das maiores manifestações musicais geradas dentro do cenário alemão Krautrock, de um brilhantismo somente igualado pelo disco de estréia da mesma banda.
O que se ouve aqui é introspecção, fúria, psicodelia, desconstrução de formatos, poesia musicada, como um desafio ao conceito de arte.

Formação:
Arnulf Meifert bateria, voz
Werner Dermeier bateria, voz
Hans-Joachim Irmler órgão elétrico, voz
Gunter Wusthoff sintetizadores, saxofone, voz
Rudolf Sosna guitarra elétrica, teclados, vocais
Jean-Herve Peron baixo elétrico, vocais

Altamente recomendável...

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quarta-feira, abril 26, 2006

Grupo Um - Marcha Sobre a Cidade [1979]

Grupo Um - Marcha Sobre a Cidade [1979]
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Formado em 1976, o Grupo Um foi um dos pioneiros do cenário do jazz e do jazz-rock brasileiro. Após alguns anos participando de bandas de músicos como Hermeto Pascoal e Egberto Gismonti, o conjunto criou sua linguagem musical própria, registrada aqui em seu álbum de estréia, Marcha Sobre a Cidade, o primeiro LP instrumental independente lançado no Brasil. Esta presente edição (lançada pela Editio Princeps) resgata todo o álbum original, pela primeira vez em CD, cuidadosamente remasterizado a partir das matrizes originais.

MÚSICOS
Lelo Nazario piano eletrônico, percussão

Zeca Assumpção baixo eletrônico, piano, percussão
Zé Eduardo Nazario bateria, percussão, tabla, khena do Laos
Carlinhos Gonçalves percussão

Convidados:
Mauro Senise (1-7) sax soprano, sax alto, flauta
Roberto Sion sax soprano (8)

Fonte: Editio Princeps